Você certamente já ouviu falar no programa Na Mão Certa, não é mesmo? Lançado em 2006, com o objetivo promover ações de educação continuada para acabar com a exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias brasileiras, ele continua atual e ainda é considerado um importante agente transformador.
A explicação para o sucesso do programa – e a posição de destaque que ocupa neste mês de outubro – é plausível: o Brasil enfrenta uma das taxas mais expressivas de violação dos direitos humanos contra crianças e adolescentes. De janeiro a maio de 2022, o país registrou 4.486 denúncias, sendo que 18,6% delas estavam ligadas a situações de violência sexual.
De acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, no ano de 2021 foram registrados 45.076 estupros contra crianças e adolescentes com menos de 17 anos. Do número total, 35.735 contra menores de 13 anos.
E é justamente esse cenário depreciativo que o programa Na Mão Certa deseja mudar.
Como funciona o programa Na Mão Certa?
Na prática, o Programa Na Mão Certa visa sensibilizar e orientar caminhoneiros e empresas sobre o problema da exploração sexual de crianças e adolescentes. Fundamentado no Pacto Empresarial contra a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas Rodovias Brasileiras, proposto pela Childhood Brasil em parceria com o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, e apoio da Organização Internacional do Trabalho, o programa adota como principal estratégia a educação continuada.
A ideia é que, por meio da troca de experiências e informações sobre o assunto, os caminhoneiros atuem como agentes de proteção dos direitos de crianças e adolescentes. Para tanto, estão à disposição dos motoristas uma coleção de Guias Na Mão Certa, além de campanhas sazonais e específicas.
Por que o programa é importante?
De denúncias de suspeitas ou ocorrências confirmadas de situações que violam os direitos desse público a treinamentos e ações de conscientização, o programa tem mudado verdadeiramente a realidade das estradas brasileiras.
Uma pesquisa realizada pela Childhood Brasil a cada cinco anos revela o comportamento e traça o perfil dos profissionais do transporte rodoviário de carga e sua relação com a exploração sexual nas estradas brasileiras. A boa notícia é que temos avançado ao longo dos anos.
A pesquisa de 2021 revelou, por exemplo, que 90% dos caminhoneiros não fizeram sexo com crianças ou adolescentes nos últimos cinco anos. Em 2015, 87% responderam afirmativamente à mesma questão e, na primeira pesquisa, realizada em 2005, esse número era ainda mais chocante.
Outros dados relevantes estão relacionados à disponibilidade da oferta de sexo nas rodovias: a pesquisa mostra que os caminhoneiros têm a percepção de que a prostituição em geral e a exploração sexual de crianças e adolescentes estão diminuindo. Cerca de 50% dos pesquisados disseram “ser comum” ver cenas desse tipo, percentual infinitamente menor do que o de 2005, quando a afirmação foi dada por 93,7% dos profissionais.
Embora os dados chamem a atenção, eles comprovam a importância de ações como o Programa Na Mão Certa no enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes.
É importante, no entanto, que as empresas se unam à iniciativa e continuem investindo na conscientização de seus trabalhadores por meio da educação continuada e de ações específicas – ainda que sazonais. Afinal, o combate ao trabalho e exploração infantil é uma obrigação de todos, dentro e fora das estradas.
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